EXAME FÍSICO DO PÉ DIABÉTICO
Antes de seguir com o exame físico, o paciente deve ser questionado a respeito da presença de fatores de risco para ulcerações recorrentes, dentre eles:
• Úlcera prévia e/ou amputação;
•Idade e duração do Diabetes Melitus (DM);
• Mau controle glicêmico;
• Diminuição da acuidade visual;
• Presença de polineuropatia diabética com ou sem deformidades;
• Doença arterial periférica ou claudicação;
• Uso apropriado de calçados;
O exame físico deve ter início através da inspeção dos pés, buscando condições que predisponham lesões, principalmente nas áreas do pé com maior risco de ulceração (Fig. 1).
• Pele seca;
• Rachaduras;
• Unhas hipotróficas ou encravadas;
• Maceração interdigital por micose (Fig. 2);
• Calosidades;
• Ausência de pelos;
Figura 1 - Áreas do pé com maior risco de ulceração
Figura 2 - Maceração interdigital
Após a inspeção, deve-se testar a Sensibilidade Periférica do paciente. Tal teste deve ser realizado da seguinte forma:
2 – Diapasão:
Maceração interdigital
O instrumento deve ser posicionado de forma perpendicular na parte óssea dorsal da falange distal do hálux e vibrado. Em caso de falta de sensibilidade do paciente, repetir o exame no maléolo ou tuberosidade da tíbia.
O teste é considerado positivo (sensibilidade vibratória preservada) quando, após 3 aplicações, o paciente consegue responder a duas regiões testadas.
1 – Monofilamento de náilon (SemmesWeinstein):
Áreas que devem ser testadas e maneira correta de usar o monofilamento
Deve ser aplicado à sola do pé, formando um ângulo de 90 graus e com força suficiente para curvá-lo, em três ou quatro áreas plantares: na falange distal do hálux, primeiro, terceiro e quinto metatarso. O paciente deve ser orientado a dizer ao examinador as áreas que está sentindo ao toque.
Este exame permite avaliar a sensibilidade protetora plantar, fator muito implicado na formação de novas lesões.